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Tanucha

um blog para descarregar as tanuchisses, ou melhor parvoeiras que passam por esta mente

Tanucha

um blog para descarregar as tanuchisses, ou melhor parvoeiras que passam por esta mente

Lá caminhamos, apesar de dar umas passadas e ter que parar agarrada ao braço do morzão. Por volta das 10:00 fomos ao shopping comprar umas gomitas e uns rebuçados,  pois a Carlota estava com um registo fraquinho, e era a única maneira que me lembrei de a ajudar.

 

Era meio dia quando demos entrada novamente no serviço de urgência,  depois de ter sido observada, resolveram internar-me. O jeitoso foi buscar as malas e acompanhou-me até ao piso da tortura onde estivemos o resto do dia  e da noite, tive que me deitar para poder estar ligada ao registo, mas nem as gomitas ajudaram, a Carlota estava com um registo que não inspirava confiança.

 

O quarto estava cheio e o piso também. Umas gemiam mais alto que outras, os futuros papás não sabiam o que fazer, subiam e desciam aquelas escadas inúmeras vezes para ir fumar um cigarro, tentavam ajudar com umas massagens nos rins que sabiam tão bem, mas acredito que não deve ser fácil ver-nos a sofrer e não poder fazer nada para ajudar, e ainda por cima apanhar uma brutal seca, cheios de fome e no caso do jeitoso cheio de sono também.

 

Quando o meu saco das águas rebentou estava a ver que a máquina tinha rebentado com o tamanho estoiro que a máquina deu, ainda chamei a enfermeira para não sujar o colchão, mas ela disse que não tinha importância. Que tontice a minha!!!!

 

Passava a vida a perguntar as horas para saber o intervalo entre as contrações, ele já não podia ouvir-me a perguntar as horas, abençoada paciência!!

 

Não podia estar virada para ele, porque devia pressionar o cordão e a Carlota ficava muito em baixo, além do calor que estava tinha que estar virada para a cortina a ouvir uma russa que não falava uma única palavra em português a chorar com dores.

Sou sincera ouve alturas que os meus olhitos rasavam de água, mas não caíram. Hehehe!!!!

 

Acho que deviam ser umas 8 horas da noite quando passei para a sala de partos, mandaram o morzão ir jantar, porque ainda estava demorado.

 

Fica para amanhã, o resto da história  porque tenho que me fazer à vida. Até lá.

 

Sim, o 1º episódio porque isto vai ser escrito às prestações, pois o tempo agora é todo para a pequerrucha.

 

Vamos começar por domingo dia 8, onde fomos até à Figueira da Foz ver o jogo do nosso glorioso, lá ganhou  como era dia da mulher comprei um cachecol para a Carlota cor de rosa a dizer sou benfiquista, consolei-me com tremoços e pevides, foi um bom dia.

 

Na 2ª feira tinha consulta com o meu GO que me fez um toque um tanto ou quanto doloroso e passei o serão já com algumas dores, mas a ordem era só ir para a maternidade quando as contrações fossem regulares ou o saco das águas rebentasse. Tive a visita de uma prima que está na França e que me queria ver grávida e assim foi viu-me mesmo na recta final., e agora já viu a Carlota fora do ninho.

 

Nessa madrugada eram 4 da manhã quando acordei com umas dores intensas, e eu que tinha  medo de não dar conta de entrar em trabalho de parto, Oh valha-me Deus!! Comecei a cronometrar as dores e estavam espaçadas num intervalo de 10 minutos, aguardei até às 5 da matina e disse ao jeitoso que era melhor pormo-nos a caminho. E lá fomos rumo à cidade de Coimbra com destino à maternidade Bissaya Barreto.

 

Fui observada já eram umas 7  da manhã tinha 1,5 cm de dilatação e como ainda moramos a uns 50 Km a Dr.ª que me atendeu disse para ir dar uma voltinha e regressar lá para o meio dia. E fomos caminhar à beira rio, pois ainda era cedo mas já se fazia notar a azáfama no ar normal de uma cidade a um dia de semana.

 

Bom por agora deixo-vos com esta imagem do sítio onde fomos caminhar.

 

ao 8º dia o elo físico que relembrava os 9 meses de gravidez caiu. Foi assim que a Carlota resolveu comemorar o dia do pai.

 

Íamos a tirar a roupinha para dar banhoca à porquinha, quando nos deparamos com a molinha solta na roupa, o que restava do cordão umbilical foi à vida, agora vai para dentro do baú das recordações, juntamente com a pulseirinha que usou na maternidade, a etiqueta da malinha com a roupa dela com o número do episódio de urgência,e o jornal onde saíu o anúncio do seu nascimento (oferta do jornal em colaboração com a maternidade).

 

Ah é verdade e está tudo a correr ás mil maravilhas, renasci como mulher, e reapaixonei-me pelo homem que amo.

 

 

 

Sim, antes demais peço-vos desculpa por só agora ter dado notícias não era minha intenção, mas ausentei-me por alguns dias para dar à luz uma flor que floriu no dia 11 de Março pelas 1:15 da madrugada, com 2.870Kg e 46 cm, é uma princesa a nossa filhota.

 

Ora vejam:

 

 

 

 

Não é uma querida.

 

Depois venho cá contar pormenores.